sexta-feira, 11 de julho de 2008

"...Só ir embora. Eu só queria ir embora. Não, tô fora de continuar sempre no mesmo lugar, me roubando minhas próprias histórias. Não. Não quero mais mudar ou fantasiar ninguém. Deixa o mundo ser como é. Deixa ele ser como ele é. E só. Eu já podia ir embora. Mas não conseguia. Por quê? Minha mente é burra. A mente é automática, viciada, comandada, acostumada, burra. minha mente está congelada na menina de maria-chiquinha, que tinha medo de ficar longe da mãe, ainda que morresse de medo dos gritos dela. E de novo sinto um medo filho da puta. E é por isso que quando ele, a pessoa que eu mais amei no mundo pois amei sem os bloqueios e sem a amargura que veio depois de tanto amor, me pede pra ficar, eu fico. E depois vou de novo. Não quero mais as minhas repetições seguras e infelizes. Ainda que encarar um coração vazio seja mais assustador do que mãe brava, cidades estranhas e amores eternos que acabam..."

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