terça-feira, 25 de março de 2008

Esta nao é uma cronica nova, mas é boa para ser lida ainda hoje...

Ao Breno, ao amor e a Floripa

Eis que retorno. Andei um tempo ausente e nesse tempo aconteceram tantas coisas. Coisa boas, coisas inusitadas, coisas que acontecem somente a quem tem coragem nessa vida e coloca Deus acima de tudo.
Se escrevesse o que vivi em Florianópolis, não daria apenas uma crônica, mas sim um livro inteiro. O que vivi na praia da Barra da Lagoa até aqui valeria até uns parênteses se eu estivesse escrevendo um artigo de jornal normal. Não guardo mágoas de ninguém, apenas esqueço.

Os dias ensolarados de quando cheguei lá, as várias amizades que fiz e que ficaram lá, os amigos cariocas, paulistas, Roberto, meu amigo de Campo Grande, os outros que foram embora antes de mim. Nunca me perdoaria se tivesse saído de lá como uma derrotada.

Em Floripa eu descobri o amor, eu aprendi a dividir, a ser uma pouco mais egoísta. Em Floripa eu fui para conseguir um emprego e encontrei um amor. Coisas da vida, como diria a música. Nada que eu escreva aqui traduz a história do amor que começou com uma cuia de chimarrão.Eu aprendi com o Breno que dormi abraçadinho é maravilhoso, que homem cozinha bem também, que pode ser inseguro, forte, machão, gostoso, fofo e que os estereótipos não funcionam. Eu adorava te ver cozinhar para mim e cantar.
Eu adorava lavar tuas roupas e bancar tua mulher. Fui tua mulher, tatuei teu nome no meu corpo e teu sorriso no meu coração.
Que eu sempre fui uma sentimental cafona e sempre neguei isso.

Acostumada às peças que a vida me prega, não choro hoje.Vibro hoje porque conheci uma pessoa que me fez melhor, fez eu me superar, ser mais tolerante com as diferenças, que me fez crer ainda mais no Deus que eu sirvo.

Às vezes as coisas não saem como o planejado, mas sem exceção, Ele nos concede a vontade de nossos corações.

Breno, te conheci com o coração limpo e pronto para amar. Gostaria de saber se te fiz feliz como você me fez. Gostaria que nossos planos se concretizassem, nossos sonhos se cumprissem e é só isso que oro a Deus.

Amo você, não consigo assimilar nada na minha vida sem tua presença e nem o fato de não estarmos mais juntos.

Se Deus permitir, assim será. Se não, ficará apenas as lembranças da pousada Thimóteo, das várias casas em que moramos, da Lagoa da Conceição, do sotaque dos manezinhos que odiávamos. Quero que lembre da mulher que sempre acreditou em você. Ainda acredito, mas para amar, temos que deixar voar. Isso acontece com os filhos e às vezes na vida de um homem e uma mulher que sonham juntos também.

Nunca deixei alguém que amasse e por isso a dor é um pouco maior. As vinte e quatro horas que passávamos juntos na Barra da Lagoa e na Lagoa da Conceição parecem um sonho que tive e do qual acordei nostálgica.


E agora a vida é em Porto Alegre, quem diria.

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